Percebo brutalidade em alguns que me olham
Que veem um eu que não se parece comigo
Um eu que não é meu e só existe em olhos alheios
Cegos pelas projeções que consomem suas próprias vidas.
Se de fato me vissem, penso eu
Se se dessem a chance de me ver
Veriam que o meu eu que de fato sou eu respeitosamente se cala
Diante da cegueira brutal que consome suas próprias vidas.
