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Nuíssima

E ela que veio naturalmente

E casualmente se despiu

Ficou nua, nuíssima de alma

Coisa bonita assim nunca se viu

 

Mas ela insiste em andar vestida

E isso só sabe quem nela já viu

A pujança de seu coração petulante

Que desde sempre me sorriu

 

E entre as fugas das lembranças

E na presença do que não partiu

Foge de si mesma feito criança

Feito flor que ainda não se abriu

 

Mas a verdade insiste em mostrar-se

Nos detalhes em que na vida não fingiu

Que rondam sua mente tortuosamente

Na saudade do que ainda nem existiu

 

E nesses versos sinceros e ritmados

Feitos da sina do qual nunca fugiu

Ri para si mesmo o perspicaz poeta

De quem se foi e nunca partiu.

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