Avatar de Desconhecido

Aos domingos

Prometa estar comigo aos domingos.

Só aos domingos.

Todos os domingos.

Prometa que antes do primeiro raio de sol –

E muito depois do último! –

Tu estarás a meu lado

Corpo colado

Mão com mão.

Porque não há domingos sem ti

E hoje é só mais um domingo…

E domingos tem o cheiro das tuas coxas,

E este cheiro permeia, encanta e semeia

Nas minhas bochechas e no céu da tua boca,

De domingo a domingo.

Avatar de Desconhecido

Questão de sobrevivência

Nossas taças de vinho
No frio do inverno,
Nossos corpos nus queimando
Feito mil sóis no verão.

O beijo na boca,
A prisão entre as coxas,
O ritmado ir e vir,
O descompassar do coração.

Lençóis ensopados,
Desejos e impropérios,
Lascívia escancarada,
Peças de roupa pelo chão.

A tontura repetida do gozo,
A entrega sem mistérios,
A respiração ofegante,
Nossos fluidos em ebulição.

Se foi esse o dia mais frio do inverno,
Me diga,
Como sobreviveremos ao verão?

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Puna-me!

Silêncio…

Só consigo sentir os teus gemidos
Tuas coxas selaram meus ouvidos

Falar eu não consigo
E ainda assim com fúria te bendigo

Por que fazes isso comigo?

Teu ventre é um perigo
Mereço de fato este castigo?

Mereço
E pior do que isso:
Quero sempre mais

Punas-me!