Aos poucos, o calor do verão se vai,
E o fim de tarde chega feito esperança:
Brisa leve, água de coco, andanças,
Pores do sol para admirar.
No coração certezas frágeis,
Ausências sentidas,
Distâncias doridas,
E a realidade para me abraçar.
O sonho está vivo,
Viver é preciso,
E os velhos lugares me sorriem,
Me chamando para ser e estar.
E volta e meia a saudade me cutuca,
Dá o ar da sua graça e o perfume da sua nuca,
Lembranças das quais não fujo,
Lembranças que insistem em ficar.
E quem sabe amanhã ou hoje ainda,
Neste por de sol que sempre fascina,
Tudo se resolva com um simples olhar:
Posto que tudo é simples e belo com os olhos do amar.



