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A morte do poeta

O poeta morre um pouco

Quando dele se vai a ingenuidade,

Quando dele se vai a esperança,

Quando dele se vai a confiança,

Quando dele se vai credulidade.

Mas o poeta morre para renascer,

Porque a essência do poeta é o recomeço.

Diante dos cacos, das cinzas, da brutalidade,

O poeta morre e renasce sem medo,

Escrevendo novas histórias,

Ressignificando antigas histórias,

Rindo e chorando

De derrotas e vitórias,

Porque o que mata de fato o poeta

É não poder tentar

Pelo menos mais uma vez.

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Temperados

No calçadão da praia

Olhos nos olhos

Mãos e almas entrelaçadas

Excesso de tudo

Carência de nada

 

Completude de vida

Na acepção mais viva

Da viva palavra

Beijo sem igual

Abraço transcendental

Todo o resto virou pouco

E virou tudo

O que era pouco mais que o nada

 

A declaração de amor

A entrega irrestrita

Os sorrisos que declaram

Muito mais do que as bocas falam

 

E o mar a olhar

O júbilo que nos faz levitar

Nosso amor é a pimenta da terra

Que tempera na medida certa

Que faz rir

E faz chorar

Plenitude do ser

Do viver

Do querer estar.

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