O poeta morre um pouco
Quando dele se vai a ingenuidade,
Quando dele se vai a esperança,
Quando dele se vai a confiança,
Quando dele se vai credulidade.
Mas o poeta morre para renascer,
Porque a essência do poeta é o recomeço.
Diante dos cacos, das cinzas, da brutalidade,
O poeta morre e renasce sem medo,
Escrevendo novas histórias,
Ressignificando antigas histórias,
Rindo e chorando
De derrotas e vitórias,
Porque o que mata de fato o poeta
É não poder tentar
Pelo menos mais uma vez.

