Ganhei esta rosa de minha mãe no dia de ontem, 13 de Maio, por conta da celebraçao do dia da Nossa Senhora de Fátima, da qual sou fervoroso devoto. Eternizei em uma fotografia o amor de minha mãe, e isso me fez pensar em estender este amor a todos que eu puder.
Via de regra, o Instagram* é um lugar de fotos bonitas, onde as pessoas postam momentos alegres. Entretanto, eu sei que muitos estão passando por problemas seríssimos, que tentamos disfarçar com sorrisos plásticos.
Esta flor não é de plástico, assim como nós também não somos. E hoje eu quero que a imagem desta rosa chegue até a sua casa como um sinal de bom presságio, trazendo paz, saúde e prosperidade para a sua vida e para a vida de sua família.
Que Nossa Senhora de Fátima interceda junto a seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, para que chegue até você a cura desejada, os recursos financeiros necessários, e a paz que todos nós almejamos. E que, acima de tudo, esta rosa abra as portas do seu coração para o diálogo edificante e conciliador com aqueles que por alguma razão estão afastados da sua vida, na certeza de que em nome de Deus nada é impossível.
Aproveite este momento. Perdoe. Peça perdão. Abrace. Seja abraçado. A vida é breve e vamos levar dela apenas o amor que plantarmos nos corações uns dos outros.
Dedico esta postagem a Divaldo Franco, que faleceu no dia de ontem, pelo seu trabalho incansável na ajuda ao próximo.
Em pleno Século XXI, ainda há claramente uma espécie de divisão social do trabalho que atravessa em cheio a alma e a dignidade das mulheres, que continuam cheias de responsabilidades e continuam a ser punidas por seus desejos. Escrevi um texto sobre este assunto, que pode ser encontrado aqui.
De tudo isso, o que mais me assusta é o machismo estrutural e a parca compreensão que a sociedade e as próprias mulheres detém sobre o assunto.
Pelo nome, um indivíduo menos avisado pode achar que machismo estrutural é algo praticado pelos homens. Ledo engano. É óbvio que a sociedade machista e patriarcal é o pano de fundo para as práticas machistas, mas o que dizer das mulheres que são machistas e obrigam, de maneira direta ou indireta, que outras mulheres também o sejam ou que sejam vítimas de abusos machistas? O dano causado por estas atitudes é incomensurável, uma vez que a vítima acaba por se resignar ante a descrença e o desestímulo de seus próprios pares.
Não se enganem. As conquistas das mulheres são inquestionáveis, mas não podemos partir do pressuposto que elas se tornaram universais. Um olhar mais atento repara em mulheres oprimidas das mais variadas formas, sempre sob a égide da moral judaico-cristã, cristalizada na máxima “Deus, família e liberdade”.
Não, eu não estou falando apenas de mulheres que sofrem clitoridectomia (retirada do clitóris, mutilação), e muito menos daquelas que são obrigadas a usar vestes específicas pelo simples fato de serem mulheres. Estou falando da sua vizinha, da sua prima, da sua sobrinha, da sua professora, enfim… Estou falando de mulheres comuns e não menos importantes, que são vítimas de abusos inomináveis, quer seja sob o ponto de vista sexual, financeiro, psicológico, patrimonial e moral.
O meu convite para o dia de hoje é, então, uma profunda reflexão sobre a frase “mulher vítima de violência é mulher sangrando”. Há mulheres sangrando por dentro, clamando por ajuda e por justiça, que são sumariamente ignoradas e silenciadas por seus cônjuges, suas famílias, por seus filhos, pela sociedade, enfim.
Portanto, o dia de hoje é um dia necessário para as mulheres. Não é um exagero. É um dia fundamental. Torço para que em um futuro próximo, ele possa passar desapercebido. Ainda não. As mulheres que precisam de ajuda ainda estão aqui.
Se você esteve no inferno, talvez leve algum tempo para se adaptar ao paraíso. A paz é uma estranha para quem vive em guerra. Não desista. Acostume-se.
Paraíso – Ilustração de Gustave Doré, inspirado na obra de Dante Alighieri (A Divina Comédia)
Resolvi chamar de amor o que era pura dor E que minhas poesias inspirava.
Talvez mais algumas palavras Mais estrofes, mais versos Mais telefonemas e mensagens Mais angústia Mais lágrimas Mais humilhações Mais descaso Mais falta de respeito Mais indignidade.
Resolvi chamar isso de amor E hoje entendo o porquê: Falta de amor próprio Responsabilidade minha E de mais ninguém.
Faltou-me coragem Para deixar ir embora de vez A dor que não me deixava.
E no final das contas “Amar é quase uma dor” Apenas quando não é amor: É apenas dor romantizada.
O amor de fato é flor E como toda flor Faz valer a jornada.