O que falar destas fotos que foram tiradas de bate-pronto? Surreais! Só me dei conta depois. Literalmente, parece Deus olhando por entre as nuvens. ❤️❤️❤️


Icaraí – Niterói – Rio de Janeiro – Brasil – 21/10/2025
O que falar destas fotos que foram tiradas de bate-pronto? Surreais! Só me dei conta depois. Literalmente, parece Deus olhando por entre as nuvens. ❤️❤️❤️


Icaraí – Niterói – Rio de Janeiro – Brasil – 21/10/2025
Mais um domingo.
Mais protetor solar.
Mais uma caminhada na praia.
Mais uma água de coco.
Mais uma roda de amigos.
Mais uma cerveja gelada.
Mais uma empada de camarão.
Mais risadas.
Mais um café.
Mais um bombom de chocolate.
Mais doçura.
Mais fé.
Mais gratidão.
Mais um domingo –
E é tão bom estar vivo! –
Se Deus quiser,
Outros tantos domingos virão.

A beleza desta praia é estonteante. E ela está aqui, todos os dias, há poucos passos da minha casa. Serve-me de abrigo, de refúgio. Tão perto que muitas vezes passa despercebida. Tão perto que eu a tomo como certa para sempre. Eu tenho certeza, entretanto, que se eu me mudasse ou mesmo se a praia daqui sumisse, eu sentiria muito, muito mesmo, justamente por eu ter a certeza de que ela está sempre a minha disposiçao, sem que eu faça o mínimo de esforço. Perder o que achamos impossível de perder é uma das maiores dores que existem.
P.S.: Este post não é sobre a praia.



Teu livro me espreita da cabeceira, enquanto engulo um farto gole de cerveja.
Comemoro as tuas andanças, as tuas idas e vindas, partidas e chegadas. Você em movimento. Eu em movimento a você.
Os lençóis e a cabeceira ainda estão marcados pelo nosso amor. Testemunhas de gozos incansáveis, de confissões doridas. Coisas inesquecíveis. Coisas feitas e ainda por fazer.
Vejo uma calcinha. O cheiro de menta que emana do aromatizador ecoa pelo quarto e abafa uma única lágrima que desce do meu rosto com fúria no maior estilo “Que porra é essa? Cadê você?”
Saudade. Faz menos de uma hora que você se foi. Foi o tempo de eu dirigir da rodoviária até em casa e ser tragado pela tua ausência. Nem a beleza da Baía de Guanabara vista da Ponte Rio Niterói durante a noite foi capaz de tornar o “eu sei que você já volta” mais palatável. Uma situação indigesta é uma situação indigesta. Não há música que me salve disso.
Passei por duas Operações Lei Seca. Não fui parado em nenhuma delas. Eu deveria ter sido preso por andar embriagado de você, completamente atordoado pelo cheiro do teu perfume que mora no meu carro, na minha pele, nos meus sonhos.
Arrisco um Law & Order: SVU na esperança de ver um episódio novo. Por reflexo, tento alcançar teu corpo a meu lado em uma vã tentativa de me abrigar do mundo e ganhar um coçada nas costas. Você não está aqui como estava pela manhã, como esteve até o nosso “vai com Deus”.
Te espero sabendo que te espero por opção, por amor, por tesão, por teimosia, por esperança. “Tudo é rio”, da Carla Madeira. Capítulo 8. Até você voltar, terminarei de ler o livro.
Durma bem durante a viagem.
P.S.: As panelas que ficaram sobre o fogão eu lavo pela manhã. Volta logo. Quero você.

Eu vi a birra da criança
Eu vi a alegria dos bate-bate
Eu vi os escorregadores e os balanços
Eu vi os cachorros rolando na grama
Eu vi o senhor e seus passarinhos
Eu vi as flores e as cutias
Eu vi o casal se beijando ardentemente
Eu vi o pipoqueiro e seu carrinho
Eu vi o coreto e a igreja matriz
Eu vi o moço que vendia balas e balões
Eu vi o lago e os peixinhos.
E ali, bem ali
Bem no meio daquele campo
Eu revivi a minha infância
Cheio de saudades de quem deste mundo
Já se foi sem mim.

Quando sorrimos para Deus, Deus nos sorri de volta.

No Centro de Niterói/RJ, durante a década de 1970, meu avô saía de casa aflito todas as vezes que chovia e ventava muito forte. Ele saía com uma caixa de papelão nas mãos, e um dia me chamou para ir com ele (para o desespero da minha mãe, pois eu era muito novo).
Fomos em direção à casa que abrigava a prefeitura na época, que era completamente cercada por árvores enormes. Diante delas, vi meu avô se abaixando e recolhendo o que pareciam ser pequenos frutos das árvores. Não eram. Eram pequenos pardais desfalecidos por conta da tempestade.
Então, já com a caixa cheia dos pequenos pássaros, meu avô voltou para casa, cobriu a caixa com um cobertor e a colocou no forno, em temperatura bem baixa e com a porta aberta. Instantes depois, meu avô retirou a caixa do forno e eu comecei a ouvir inúmeros e intensos piados. Quando a chuva passou, meu avô retirou o cobertor de cima da caixa, bem perto da janela da cozinha, e dezenas de passarinhos fortes e aquecidos, voaram pela janela em direção ao infinito, em direção à vida.
Aprendi ali com meu avô, bem cedo, que mesmo sem que um pardal lembrasse do meu avô ou se mostrasse minimamente grato a ele, o prazer de ver os pardais voltarem a voar significava para ele absolutamente tudo. Ele praticava o bem e o bem era a sua própria recompensa. Era evidente nos seus olhos e no sorriso que esbanjava para si mesmo.
Que nossos corações e nossas atitudes sejam como a caixa, o cobertor e o forno do meu avô. E que possamos fazer o bem sem esperar nada de ninguém, na certeza de que ver o outro se levantar diante de uma dificuldade é um dos mais sublimes experiências que podemos ter na vida.
Saudades de ti, Afonso Fonseca, meu adorável e inesquecível avô. Obrigado por ter me ensinado tantas e tantas vezes o que verdadeiramente vale a pena na vida.

Fascinam-me os pássaros,
Flutuando ao lado da ponte
Sem precisar bater suas asas
À mercê da magia do vento.
Fascina-me a ponte
Que serve de refúgio aos pássaros
Imponente diante da paisagem
À mercê da magia do tempo.
Fascino-me eu comigo,
Diante dos pássaros e da ponte
Diante do vitrificado horizonte
À mercê de Deus adiante eu sigo.

Uma subida extenuante (pode ser feita de carro, mas perde e graça) para alcançar esse paraíso com temperatura de 18⁰ C (versus 24⁰ C na beira da praia) e uma vista absolutamente maravilhosa, que seria de 360⁰ não fossem as árvores (e que as árvores continuem por lá).
Mais do que recomendo a visita, quer seja para pular de asa delta/parapente, fazer exercícios/trilhas, tomar uma cerveja, comer no bistrô, passear com as crianças… Enfim… Curtir a vida. É simplesmente sensacional! 🙂








De quebra, fui novamente na Praia de Camboinhas e Deus me deu esses presente: uma coruja fazendo pose para foto!

Foi ou não foi um sábado mais do que abençoado? Obrigado, Deus!!! 🥰🥰🥰